Os 121 anos do nascimento de Dom Rey

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Em um domingo no verão de junho de 1902, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, nascia, na pequena comuna de Fauch, região rural do sul da França, o pequeno Pierre Élie Rey, que anos mais tarde viria a se tornar Dom Francisco Xavier Elias Pedro Paulo Rey, T.O.R., primeiro prelado e bispo de Guajará-Mirim.

Em terras tão longínquas e impensáveis campos, os quais percorrera com a alma gigante a graça dos seus dias em sua infância, na fina névoa do tempo cuja vida parecia imensa aos olhos e nem era ainda possível imaginar o que os anos futuros guardavam em seus mistérios, o pequeno Pierre vivia com amor a fé que recebera de seus pais e os ajudava no campo, até que o Amor lhe chamou.

Alguns anos depois, já formado no noviciado da Terceira Ordem Regular de São Francisco de Assis, em Ambialet, Dom Rey chegou ao Brasil para a missão em São Luís de Cáceres, no Mato Grosso, e logo depois foi transferido, com apenas 29 anos, para assumir a Prelazia de Guajará-Mirim, criada pelo Papa Pio XI, por meio da bula Animarum cura.

Dom Rey viveu uma oblação sem ressalvas, com sua vida de fato configurada a Cristo, o Bom Pastor. Até os últimos momentos, esse notável bispo de elevada cultura e marcante temperamento dedicou-se à evangelização com ímpar generosidade e profunda humildade, e com amor acolheu sempre a todos, principalmente os mais necessitados e excluídos, o que, mais ainda, fez com que sua vida se tornasse um testemunho autêntico do evangelho.

Devoto de Santa Teresinha, padroeira das missões e “Doutora do amor” (dela pôs o nome ao primeiro colégio que fundou em Guajará-Mirim), Dom Rey foi um grande missionário que viveu no amor e tudo entregou pelo Amor, sem nada reter para si, indo ao seu encontro definitivo em 20 de janeiro de 1984.

Hoje, ao celebrarmos os 121 anos do nascimento de Dom Rey, não deixemos que seu legado seja esquecido, pelo contrário: que ele seja conhecido, nos ilumine e nos inspire sempre, pois, como disse Dom Rey certa vez, em 1982, já doente: “A juventude de hoje precisa conhecer a História”.

Texto por Géssica Pita, escritora e pesquisadora

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