Agosto de 2025: Igreja no Brasil celebra o Mês Vocacional em sintonia com o Ano Jubilar

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Neste mês de agosto de 2025, a Igreja no Brasil celebra, em profunda sintonia com o Ano Jubilar, o Mês Vocacional — um tempo privilegiado de escuta, discernimento e renovação do compromisso com a vocação recebida.

Inspirado no tema “Peregrinos porque chamados”, o Mês Vocacional deste ano convida os fiéis a refletirem sobre a caminhada de fé como uma resposta constante ao chamado de Deus. O lema, extraído da Carta de São Paulo aos Romanos — “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5) — recorda que toda vocação nasce do amor gratuito de Deus e se sustenta numa esperança ativa e confiante.

Em artigo publicado nesse contexto, o arcebispo de Natal (RN), dom João Santos Cardoso, destaca que a vocação é, ao mesmo tempo, dom e resposta, enraizada na fé e sustentada pela esperança.

“A vocação amadurece através do compromisso quotidiano de fidelidade ao Evangelho, na oração, no discernimento e no serviço”, afirma dom João, referindo-se também à mensagem do Papa Francisco para o 62º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, na qual o Santo Padre sublinha que “toda vocação é animada pela esperança, que se traduz em confiança na Providência”.

Dom João dedica atenção especial à vocação sacerdotal, que considera essencial para a vida e missão da Igreja. Segundo ele, o sacerdote é chamado a ser alter Christus, presença sacramental de Cristo junto ao povo, presidindo os sacramentos, anunciando a Palavra e conduzindo o rebanho de Deus com esperança e compaixão.

“A vocação sacerdotal é belíssima, embora exigente”, afirma o arcebispo, ao defender que a Igreja invista numa pastoral vocacional acolhedora e perseverante, especialmente voltada aos jovens, que muitas vezes enfrentam incertezas e crises de sentido.

Também refletindo sobre a vivência deste mês, o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa, reforça que toda forma de serviço na Igreja deve ser compreendida como verdadeira vocação.

“É vocação o matrimônio, o sacerdócio, a vida religiosa e missionária, a consagração nas novas comunidades e o ministério das virgens. É preciso que as famílias reconheçam e acolham o chamado como dom”, afirma dom Alberto.

Para ele, promover uma autêntica cultura vocacional passa pelo testemunho das comunidades, pela beleza da liturgia e pela acolhida calorosa nas paróquias.

“Uma pessoa bem acolhida acaba se envolvendo, descobrindo seus dons e colocando-os a serviço”, explica o arcebispo. Ele ainda ressalta a importância de convidar diretamente os jovens à missão, lembrando as palavras de São João Paulo II: “As vocações existem. O que falta é trato e carinho”.

Ambos os arcebispos reforçam que a oração é o alicerce de toda cultura vocacional. Citando o Evangelho de Mateus, dom Alberto conclui:

“Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para sua colheita!” (Mt 9,38).

O Mês Vocacional de 2025 é, portanto, uma oportunidade especial para que toda a Igreja no Brasil reavive sua missão de ser terra fértil para as vocações. Cada batizado é chamado a ser sinal vivo de esperança, oferecendo sua vida como resposta generosa ao chamado amoroso de Deus.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/mes-vocacional-traz-apelos-a-escuta-discernimento-e-compromisso-com-o-chamado-de-deus/

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