Missa do 7° dia – Padre Raimundo Batista dos Santos

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Na esperança que nos vem da Ressurreição, nossa Diocese juntamente com o clero e todo o povo de Deus, permanecem unidos em oração com os familiares, amigos e muitos que tinham tanta estima pelo sacerdote Raimundo Batista dos Santos.

Quanta angustia na espera do boletim diário, até o dia em que a notícia de sua páscoa definitiva nos traz o sentimento de dor no coração, mas, com a fé de que Deus sempre sabe o que faz. A saudade segue crescendo, mas com o consolo de que, agora, ele se encontra com quem ele buscou amar a vida inteira. Com certeza, fará muita falta, não só para seus paroquianos, mas para muitas pessoas que foram tocadas pela sua mensagem.

Nesta missa de sétimo dia, recordamos do nosso querido padre de maneira especial e expressamos nossa profunda gratidão por este homem de fé, que cumpriu sua missão de servo fiel da Igreja de Cristo.

“As pessoas vêm e vão; mas ninguém vem em vão!” E realmente sua passagem em Corumbiara, onde serviu com muito carinho, não foi em vão, deixa-nos alguns importantes ensinamentos através de seu peculiar modo de ser, agir, falar. Nos mostra que é possível seguir Jesus sem abandonar o que te faz feliz. Lembremos aqui de alguns de seus momentos de laser: pescarias, baralho, churrascos… E é inserido nesses ambientes que também cultivou amizades e admiração de muitos.

Mesmo possuindo limitações, conquistou o carinho não só da comunidade católica, como dos demais, tocando as pessoas com suas palavras e ações. Nos marcando por seu jeito humilde, acolhedor e generoso.

Pessoa de coração bom, ou como dizia ele: “bão”. Totalmente desprendido de bens materiais, status, até mesmo de sua própria aparência. Um dos seus grandes carismas era o aconselhamento. Disposto a compreender as pessoas nas suas adversidades e diferenças, sem nenhum tipo de discriminação ou julgamento. De suas palavras brotavam misericórdia, amor, doação. Sempre disposto a ajudar o próximo.  Nada preso a regras, a coisas muito planejadas, vivendo um dia de cada vez. As vezes imprevisível, incompreendido, se fazia de “bobo”, mas de “bobo” não tinha nada, nos surpreendendo sempre. Muito observador. A mesma voz mansa e carinhosa que falava sobre como Deus nos ama e é misericordioso se transformava em enérgica, quando necessário. Extremamente objetivo em suas respostas, muitas das vezes um simples “OK”. Prezava muito pelos princípios morais – Família: uma benção de Deus – assim, demonstrava respeito, carinho e zelo por seus pais e familiares. Possuía a alegria de abençoar – principalmente nossas crianças no término da missa – e de visitar os idosos, com ouvidos atentos às suas necessidades. Muito se poderia discorrer sobre a pessoa de Pe. Raimundo, mas, ficamos por aqui, desejosos que seus bons exemplos sejam imitados e sua memória abençoada. Ah, lembrando que ele não queria fieis mornos, mas sim autênticos e alegres.

Uma de suas últimas falas, dirigidas às lideranças, alertava sobre a pandemia da Covid-19, pedindo para que todos se cuidassem, pois não era brincadeira o tempo que vivemos. E, infelizmente essa doença o tirou de nosso meio.

Encerro com uma das recorrentes frases em suas homilias: “Hei, Jesus te ama!” Assim, esperamos que o amor e a misericórdia acolham Pe. Raimundo e conceda a merecida alegria da vida eterna.

Gratidão!

 

 

Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Corumbiara, 02 de fevereiro de 2021.

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