HOMILIA – POSSE DO PE. DIEGO NORBERTO

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Paróquia Cristo Rei – Município de Cabixi/RO

IV Domingo Quaresma – Ano C – 26/03/2022

Local: Igreja Matriz – 19hs

Js 5,9a.10-12; Sl 33(34); II Cor 5, 17-21; Lc 15, 1-3.11-32

 

Penso que o sentimento que perpassa todos nós é de profundo louvor e ação de graças, sentimento de eterna gratidão!

Queremos agradecer ao nosso bom Deus, pela possibilidade do nosso reencontro, ainda num tempo tão desafiador…

 

A celebração de hoje é a quarta posse de pároco que tenho a graça de celebrar nos meses de fevereiro e março deste ano: Pe. Wilian Orcese – Catedral N. S do Seringueiro; Pe. Francisco Trilla – Paroquia São Miguel em São Miguel do Guaporé, Pe. Mauricio Oliveira – Paróquia Cristo Rei em Seringueiras e hoje Pe. Diego Norberto aqui na Paróquia Cristo Rei neste Município de Cabixi.

 

Esta celebração nos irmana com a Arquidiocese de Maringá, em nome da missão assumida pelas nossas dioceses através do projeto Igrejas Irmãs.

Ao longo de muitos anos, leigos, seminaristas, religiosas e particularmente vários padres da Arquidiocese de Maringá foram e continuam sendo enviados para a nossa Diocese de Guajará Mirim no coração desta Amazônia.

Nossa gratidão a Dom Severino – Arcebispo de Maringá pela aposta nesta nobre missão; ao Pe. Obelino que vivenciou estes últimos anos em Costa Marques e aqui em Cabixi, o meu e nosso muito obrigado. 

 

Com esse sentimento de louvor, saúdo nosso querido Povo de Deus, nossas comunidades, coordenadores/as, religiosas, autoridades, queridos padres e diáconos e você que participa conosco pelos meios digitais, minha saudação fraterna a todos, sejam bem vindos.

 

Irmãos e Irmãs, a quaresma é o caminho de interiorização, é a oportunidade de aprender, com a meditação de nossa vida à luz da Palavra e da Eucaristia, a reencontrar a esperança e experimentar, mais conscientes, os sinais da Páscoa que já preenchem nosso cotidiano.

 

Portanto, vivenciar a quaresma não significa reconhecer nossas culpas e deixar nossa vida ser paralisada por elas, mas aprender quais caminhos não mais deve ser trilhado.

Este IV domingo da quaresma é propicio para entendermos o zelo de Deus por nós e o convite que a Palavra de Deus nos faz para viver na alegria e na esperança.

Este domingo da quaresma é considerado o domingo da alegria.

Não podemos nos deixar vencer pelo fracasso, o fracasso e o erro tende a nos desmotivar a ir adiante, tendem a arrancar de nós a certeza de que novos caminhos são possíveis.

 

Na primeira leitura de hoje, Josué aponta o recomeço da história do povo de Deus diante do retorno a terra prometida, a narrativa que ouvimos hoje deve ser lida sob a perspectiva da paz, da alegria, da esperança. O que estava relacionado à escravidão acabou e agora o povo vive uma nova história.

V.9 “hoje tirei de cima de vós o opróbrio do Egito”

 

Na segunda leitura, Paulo aos Coríntios, ele procura resolver um problema pessoal com uma de suas mais queridas comunidades – Corinto; ele irá recordar a possibilidade de uma vida nova que a fé em Jesus possibilita: “Se alguém estiver em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu, tudo agora é novo” (v.17).

E a novidade de Paulo neste discurso é o convite à reconciliação.

 

Diante da beleza e das provocações apontadas no evangelho de Lucas; normalmente no desenrolar de todo o drama do texto que ouvimos, o filho pediria desculpas ao pai e lhe ofereceria algum tipo de compensação, já que lhe causou dor, mal e muita tristeza. Mas a lógica do pai é diferente: ele não espera compensação; ele recebe de volta e é ele quem oferece as dádivas.

 

“…é preciso festejar e alegra-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado” (V. 32). Disse o Pai.

Logo: Novo anel! Nova túnica! Nova sandália

 

Nós não aprofundaremos estes símbolos, o que eles significam dentro da catequese do Antigo e Novo Testamento; porque eu quero concluir, com uma palavrinha amiga ao Pe. Diego Norberto com seus demais colaboradores e colaboradoras frente a responsabilidade pastoral nesta Paróquia dedicada a Cristo Rei.

 

Faço isso, recordando os ensinamentos da V Conferencia Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Documento de Aparecida, que nos ensina: “toda Paróquia é chamada a ser o espaço onde se recebe e se acolhe a Palavra, onde se celebra e se expressa na adoração do Corpo de Cristo, e assim é a fonte dinâmica do discipulado missionário. Sua própria renovação exige que se deixe iluminar de novo e sempre pela Palavra viva e eficaz” (Ap172).

 

Portanto, “o Povo de Deus sente a necessidade de presbíteros-discípulos: que tenham profunda experiência de Deus, configurados com o coração do Bom Pastor, dóceis às orientações do Espírito, que se nutram da Palavra de Deus, da Eucaristia e da oração; de presbíteros-missionários; (…) que estejam atentos às necessidades dos mais pobres, comprometidos na defesa dos direitos dos mais fracos, e promotores da cultura da solidariedade” (Ap. 199).

 

A renovação da Paróquia requer sem duvida, a entrega generosa dos sacerdotes, da comunidade de religiosas, de todos os leigos/as, e lideranças para que se sintam corresponsáveis na formação dos discípulos e na missão evangelizadora a serviço da vida.

Uma Paroquia renovada multiplica as pessoas que realizam serviços e acrescenta os ministérios. Requer também, imaginação, pedagogia pastoral para encontrar respostas aos muitos desafios que a realidade impõe (Cf. Ap. 201, 202, 203).

 

A integração de todos na unidade de um único projeto evangelizador é essencial para assegurar uma comunhão missionária.

Que o Senhor nos assista e N. S. do Seringueiro interceda por nós! E que o Cristo reine no agir missionário de todos conforme nos pede a pede a Campanha da Fraternidade deste ano: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31,26).

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