Homilia – Ordenação presbiteral do Diác. Adriano Cleberson Paróquia Cristo Rei

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Queridos irmãos e irmãs, nesta solenidade de Cristo Rei a Igreja encerra o ano litúrgico para entrar no próximo domingo no tempo do advento.

 

Esta solenidade é para todos nós uma grande profissão de fé no Senhor da historia que caminha conosco, por isso celebrar a sua realeza é ao mesmo tempo graça para nós, nossas comunidades e para todo o povo de Deus que pela vocação batismal descobre e assume o seu lugar e papel na sociedade, por isso celebramos hoje o dia dos leigos e leigas.

Nesta solenidade, daqui da Paróquia de Cristo Rei, juntamente com os que nos acompanham pela  Radio Educadora e pelos meio digitais, queremos elevar o nosso louvor ao Pai, pela oblação da vida do Diácono Adriano Clebson  e acolhê-lo como irmão, e futuro padre nesta  diocese de Guajará – Mirim; ele  desejou ardentemente servir como fiel colaborador, assim como os senhores padres e diáconos deste presbitério também nossos primeiros colaboradores.

Diácono Adriano, nós te acolhemos juntamente com tua mãe a Sra. Maria de Jesus da Silva, os teus irmãos, familiares, parentes e amigos que te viram crescer, entrar no Seminário e hoje aqui vieram para testemunhar a consagração de tua vida nas mãos de Deus para o serviço do Reino no seio desta Igreja.

Queremos acolher teus familiares e amigos pertencentes às Igrejas evangélicas em particular o teu tio Pastor….

Imagino tuas recordações do filme da vida, por ocasião do retiro, do teu estágio diaconal na Paróquia dedicada a N. S. Aparecida no Município de Colorado, assim como estes dois anos marcados por tantos desafios, sobretudo considerando que em setembro deste ano teu pai, Sr. Nadir Inácio da Silva, partiu para junto de Deus.

Nesta saudosa memória, queremos também celebrar por todas as vitimas da pandemia, celebrar a vida diante de tantas dores, prantos, lutos e tamanhas crises geradas por este tempo pandêmico da Covid-19.

Diácono Adriano, a inspiração bíblica que escolhestes para nortear a consagração da tua vida foi da carta aos Hebreus  que diz: “Eis que vim para fazer a tua vontade” (Hb 10,09).

Este tema reúne perfeitamente o ideal de vida doada e a certeza de que Deus não nos abandona, basta confiar, e n´Ele cantaremos vitória. A Palavra de Deus de hoje nos faz entender esta fidelidade e edificação da vida recordando a aposta de Deus em nós. Afinal, “a vida consagrada é um grande dom de Deus, dom de Deus a Igreja, dom de Deus a seu povo” (Papa Francisco).

A primeira leitura do livro de Daniel, apresenta a visão das quatros feras. Elas representam as forças hostis, perversas, opressoras e dominadoras  presentes na história que lutam contra Deus e o seu povo.

A linguagem apocalíptica do livro de Daniel é própria para os tempos difíceis, era uma linguagem alternativa, era compreendida e assimilada por quem sofria na pele as consequências da opressão.

Encontramos muita semelhança com o segundo texto tirado do livro do Apocalipse.

Livro que foi escrito justamente para comunidades perseguidas e desanimadas. Várias comunidades perderam de forma violenta, alguns de seus membros, os cristãos eram marcados para morrer.

O autor do apocalipse atribui a Jesus o título de príncipe dos reis da terra para comunidades perseguidas e obrigadas sob pena de morte a prestar culto ao imperador (Domicinano), a afirmação deste título soa como proposta revolucionária que rompe com o sistema opressor vigente.

Jesus, o Rei por excelência, possui supremacia sobre as forças hostis da sociedade.

E que tipo de Rei é Jesus?

O Evangelho de João afirma que a realeza de Jesus passa pela Paixão, Cruz, Morte e Ressurreição.

O itinerário e programa de vida de Jesus são diferentes de todas e demais formas de poder.

Jesus rejeita a realeza que se fundamenta na força e no poder que humilha, oprime e tira proveito do outro.

A realeza de Jesus não se baseia na injustiça e opressão.

Pilatos e seus correligionários jamais compreenderam este tipo de realeza.

Assim com os soberbos de hoje jamais compreenderão que a realeza é antes de tudo um serviço à vida.

Adriano, o teu serviço ministerial assim como o de todos nós é fazer a vontade de Deus em favor do seu povo.

Portanto, vamos procurar desempenhar a missão do Cristo Rei e Sacerdote. Não fazendo a nossa vontade procurando o que é nosso, mais sim o que é de Cristo.

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