CARTA DA DIOCESE EM MEIO A PANDEMIA

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Guajará-Mirim, 29 de junho de 2020

Aos Revmos. Párocos, Vigários, Diáconos, Religiosas, Lideranças e Povo de Deus Diocese de Guajará-Mirim

 

ORIENTAÇÕES PARA A DIOCESE DE GUAJARÁ-MIRIM EM TEMPO DE PANDEMIA

 

“Em atenção à Palavra de Jesus e ao ensinamento da Igreja, especialmente sua doutrina social, que iluminam os critérios éticos e morais, nossas comunidades devem ser defensoras da vida desde a fecundação até o seu fim natural. A vida humana e tudo que dela decorre e com ele colabora, precisa ser objeto da nossa atenção e do nosso cuidado”. DEGAE (2019-2023) Nº 171.

 

Ao longo dos meses de março a junho vivenciamos em plena comunhão os desafios impostos pela pandemia do Covid-19. Até o momento, emitir três decretos contemplando a responsabilidade do atendimento pastoral em equilíbrio com as orientações sanitárias, segundo os decretos do Estado e dos Municípios.

Os desafios e complexidades continuam com a chegada e avanço do vírus nas cidades da Diocese, atingindo também os distritos e povos tradicionais: indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

Frente aos dramas enfrentados neste tempo pandêmico, são muitas as ações solidarias emergenciais assumidas pelas famílias, empresas e pessoas de boa vontade que de forma muita comprometida tem consciência, sobretudo cristã, que este “é tempo de cuidar”.

Após diversas videoconferências envolvendo as Regiões Pastorais da Diocese, consulta das autoridades competentes e lideranças em vista de uma progressiva abertura das nossas Igrejas discernimos pelas seguintes orientações:

 

Dispositivos gerais:

  • Nossa maior referencia continua sendo as orientações emitidas pela CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia: “Orientações da CNBB para as celebrações comunitárias no contexto da pandemia do Covid-19”. O Documento sistematiza uma série de orientações gerais para a organização e realização das atividades num processo gradual de reabertura;
  • Compete ao pároco em comum acordo com seus colaboradores (as) discernir e encaminhar a reabertura gradual e responsável considerando a evolução e contenção do quadro epidemiológico vigente no município e jurisdição paroquial;
  • Considerar os Decretos do Governo do Estado e dos Municípios, sobre os procedimentos para à reabertura das Igrejas;
  • Todo atendimento pastoral de caridade, aconselhamento e sacramental, obedeçam ao que está determinado nestas orientações;
  • Permanecer atentos às orientações da CNBB e do Governo Diocesano, para que a nossa comunhão seja responsável na caridade pastoral;
  • A paroquia deve dar orientações seguras para o funcionamento da secretaria paroquial, cumprindo as orientações das autoridades do Estado e respectivos Municípios.

 

Sobre os espaços:

  • Assinalar (bancos, cadeiras, piso dos corredores e outros), com o distanciamento de 2m²;
  • O espaço deverá estar aberto e ventilado, evitando o uso do ar condicionado;
  • Redobrar os cuidados de higiene pessoal e comunitário, higienizando tudo, antes e depois do evento. E disponibilizando sempre o uso de álcool em gel 70%; agua e sabão;
  • Manter placas ou cartazes com informações sobre cuidados e urgências no combate a pandemia;
  • Não realizar atos devocionais com aglomeração de pessoas como: procissão, romarias, assembleias, encontros e outros.

Sobre a participação dos fieis:

 

  • Evitar qualquer ação de contato (saudação, abraço, beijo, abraço da paz, imposição das mãos);
  • Pessoas pertencentes ao grupo de risco, particularmente coordenadores (as), ministros (as), religiosos (as) devem permanecer em casa;
  • O uso de máscara é obrigatório para todos os fieis, exceto quem preside as celebrações.

 

Sobre as celebrações:

 

  • Usar os recursos da mídia (youtube, whatsapp, site, rádio, etc…); para divulgar, transmitir e criar comunhão neste tempo de distanciamento;
  • As equipes celebrativas e musicais sejam reduzidas, com rigoroso distanciamento, segundo as orientações sanitárias;
  • Manipular o menos possível os instrumentos musicais, materiais litúrgicos, livros litúrgicos e de cânticos, higienizando-os antes e após a realização dos eventos;
  • Todas as celebrações dos Santos Padroeiros (as) da matriz, ou das comunidades paroquiais devem obedecer ao que determina estas orientações;
  • Os espaços litúrgicos devem ser higienizados frequentemente, de modo particular: Sacristia, Capela do Santíssimo, salas de reunião e outros.

 

Sobre a prática Sacramental:

 

  • Para a Sagrada Eucaristia, a comunhão seja feita somente no Pão Eucarístico entregue na mão, jamais na boca do comungante;
  • Nas celebrações da missa, do ofertório até a comunhão, as oferendas sejam cobertas com corporal grande;
  • Exéquias, visitas domiciliares e hospitalares sejam realizadas por ministros, padres e religiosos, que não sejam do grupo de risco;
  • Nas celebrações dos sacramentos, o importante são os sujeitos de cada sacramento (ministro, batizando, noivos, testemunhas e padrinhos). Evitando assim qualquer aglomeração celebrativa e festiva.

 

Reiteramos que as orientações para a Diocese de Guajará-Mirim em tempo de pandemia considere firmemente a realidade de cada paróquia. Estas orientações entram em vigor dia 01 de julho do corrente ano, e terá validade até a segunda ordem pastoral.

Na Solenidade de São Pedro e São Paulo, Deus nos confirme na graça de bem servi-Lo.

 

 

+ Benedito Araújo

Bispo Diocesano de Guajará-Mirim

Pe. Luís Garcia Vizcaino

Vigário Episcopal

Pe. Edmilson Pereira de Oliveira

Coord. de Pastoral da Diocese de G. Mirim

 

 

 

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